Gakudo Yojin-shu
Pontos a observar no Estudo do Caminho
Introdução por Monja Coen e Parte 1. A necessidade de despertar para a Mente-Bodhi
Parte 2: A necessidade de treinar ao encontrar o Verdadeiro Darma
Parte 3: A necessidade de penetrar o Caminho através da prática constante
Parte 4: A necessidade da prática não egoísta do Caminho ou “Não pratique os ensinamentos de Buda com a idéia de ganho”
Parte 5: A necessidade de procurar um verdadeiro Mestre
Parte 6: O que você deve saber para a prática do Zen
Parte 7. A necessidade do treinamento Zen na prática do Darma de Buda
Parte 8: A conduta do monge Zen
9. A necessidade de praticar de acordo com o Caminho
Os praticantes Budistas deveriam primeiramente, determinar se sua prática está ou não direcionada para o Caminho. Xaquiamuni, que foi capaz de harmonizar e controlar seu corpo, fala e mente, sentou em zazen sob a arvora bodhi. Subitamente, ao ver a estrela da manhã, se tornou iluminado, realizando o Caminho Supremo, que está muito além daquele dos Sravakas e Pratyekabuddhas. A iluminação que Buda alcançou, através de seu próprio esforço, tem sido transmitida de Buda para Buda sem interrupção até os dias de hoje. Como então, aqueles que alcançaram a iluminação não se tornaram Budas? Andar em direção ao Caminho significa conhecer seu aspecto e sua grande extensão. O Caminho se encontra sob o pé de cada pessoa. Quando você se torna o Caminho você descobre que ele está exatamente onde você está, realizando assim a perfeita iluminação. Entretanto, caso sinta orgulho de sua iluminação, mesmo que ela seja muito profunda, ela não será nada mais que uma iluminação parcial. Estes são os elementos essenciais de estar direcionado para o Caminho.
Atualmente os praticantes desejam fortemente ver milagres, mesmo que não compreendam como o Caminho funciona. Quem entre eles não está cometendo erros? São como crianças que abandonando tanto o pai como a fortuna do pai e da mãe, fogem de casa. Apesar de terem um pai rico e serem filhos únicos, podendo algum dia herdar tudo, tornam-se mendigos, buscando fortuna em lugares distantes. Este é verdadeiramente o caso.
Estudar o Caminho é se tornar um com o Caminho, esquecer até mesmo qualquer traço de iluminação. Aquele que praticar o Caminho deve, em primeiro lugar, acreditar nele. Aqueles que crêem no Caminho devem acreditar que eles têm estado no Caminho desde o princípio, não sujeitos a nenhuma delusão, pensamentos ilusórios, idéias confusas, nem a aumento, decréscimo ou compreensão enganosas. Engendrando crenças como esta, esclareça o Caminho e conseqüentemente o pratique, está é a essência de estudar o Caminho.
O segundo método do treinamento Budista é eliminar a função da consciência discriminativa e afastar-se do caminho da compreensão intelectual. Este é o modo como os noviços devem ser guiados. A partir de então, eles serão capazes de abandonar corpo e mente, libertando-se das idéias dualísticas de delusão e iluminação.
Em geral existem apenas uns poucos que acreditam estar no Caminho. Se você apenas acreditar que está verdadeiramente no Caminho, será naturalmente capaz de compreender como ele funciona, como também o verdadeiro significado de delusão e iluminação. Faça uma tentativa de eliminar a função da consciência discriminativa; e então, subitamente, você terá quase realizado o Caminho.
(a continuar)
Tradução: Grupo de Estudos do Templo Busshinji, revisada pela Monja Coen,
baseada nas versões em inglês nos livros:
Zen is Eternal Life, de Rôshi Jiyu Kennett,
Moon in a Dewdrop, editado por Kazuaki Tanahashi
Zen Master Dogen, An introduction with selected writings, de Prof. Yuho Yokoi e Daisen Victoria
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